A EXPANSÃO DO ISLÃ

O NASCIMENTO DO ISLÃ
O islamismo foi fundado no século VII por Maomé, um comerciante que vivia na península Arábica. Atualmente, é uma das regiões que mais crescem em número de seguidores em várias partes do mundo.

Ø OS POVOS DO DESERTO
A península Arábica era desértica, porém possuía vários oásis. Os árabes nômades que habitavam essa península eram conhecidos como beduínos.
Os beduínos eram politeístas e seus vários deuses eram representados por ídolos que ficavam guardados em um templo na cidade de Meca. Essa cidade era o importante centro religioso e atraía peregrinos de todas as partes da península Arábica.
Beduínos no deserto. Foto: Seqoya / Shutterstock.com
Aluno: José Astolpho Neto

Ø O INÍCIO DA PREGAÇÃO DE MAOMÉ
Maomé, o fundador do islamismo, nasceu em Meca, no ano de 570. Quando era criança, ficou órfão e foi viver com seu avô no deserto, onde conviveu com os beduínos.  Ainda jovem começou a se dedicar ao comércio e, poucos anos depois, já tinha suas próprias caravanas.
Aos 25 anos, casou-se com uma viúva rica chamada Cadija e passou a administrar os negócios de sua mulher. Em suas viagens, manteve contato com comunidades de judeus e de cristãos. Acredita-se que o monoteísmo desses grupos tenha influenciado o pensamento de Maomé.
 Contando com o apoio de sua família, Maomé passou a pregar sua crença em um deus único, chamado Alá. Nascia, assim, o Islã, religião também conhecida como islamismo, que viria a se tornar um das religiões com maior número de seguidores do mundo.                       
MAOMÉ 01
 
             https://www.youtube.com/watch?v=Nc76PcjhWv0                                                         Aluno: José Astolpho Neto                

Ø A FORMAÇÃO DO MUNDO ISLÃMICO
·         Início da expansão islâmica (610 a 661)
Nesse período, sob o governo de Maomé e de seus sucessores,os árabes conquistam toda a península Arábica, parte da Mesopotâmica, além do Egito e da Líbia
·         Dinastia Omíada (661 a 750)
Durante o governo dos omíadas, acontecem várias guerras civis que dificultam a união do Islã. Esse período de disputas internas é marcado pela cisão entre sunitas e xiitas
Ø  Dinastia Abássida
Período de paz interna conhecido como a época de ouro dos muçulmanos. Nesse período ocorre um grande desenvolvimento cultural, com destaque para as artes, a literatura e a ciência. Os xiitas se fortaleceram em países como a Tunísia e o Egito
Islã
Aluno: José Astolpho Neto

A EXPANSÃO DOS DOMÍNIOS ISLÂMICOS
Ø AS CONQUISTAS TERRITORIAIS
A partir do século VII, os povos árabes se unificaram em torno de uma mesma fé e passaram a compartilhar os mesmos ideais. De acordo com os ensinamentos de Maomé, todo fiel deveria assumir um compromisso com Alá e se dedicar á causa islã. Esse compromisso, chamado jihad, é o dever de todo muçulmano em defender o Islã,seja por meio da pregação religiosa, do comportamento pessoal ou da luta armada. Esse foi um princípio importante que impulsionou a expansão islâmica.
A unificação em torno da fé propiciou também a unidade política com a centralização do poder nas mãos dos califas, nome dado aos sucessores de Maomé. Com o poder centralizado e exércitos bem-organizados, os muçulmanos puderam expandir seus domínios, controlando rotas comerciais e cobrando tributos dos povos conquistados.
Aluno: José Astolpho Neto

Ø A SUCESSÃO DE MAOMÉ
Maomé não indicou quem seria seu sucessor e, por isso, após sua morte teve início uma acirrada disputa entre duas correntes que tinham visões diferentes sobre como deveria ser feita a sucessão.
A primeira corrente, formada pelos xiitas, defendia que somente os descendentes de Maomé poderiam ser seus sucessores. Já a segunda corrente, formada pelos sunitas, afirmava que qualquer fiel poderia ser o sucessor, desde que aceito pela comunidade.
A corrente dos sunitas foi vitoriosa, porém, os xiitas passaram a contestar a autoridade dos governantes sunitas.

Aluno: José Astolpho Neto

A PRESENÇA MULÇUMANA NA PENÍNSULA IBÉRICA
Os mulçumanos dominaram a península Ibérica durante quase 800 anos, exercendo grande influência cultural na região.

Ø A CONQUISTA DA PENÍNSULA IBÉRICA
Em 711, o general mulçumano Tarik ibn Ziyad atravessou a estreita passagem de mar que separa o Norte da África e o sul da península Ibérica. Tarik cruzou o estreito à frente de um exército de berberes islamizados, atacou o reino dos visigodos, expulsando-os para o norte da península, e se estabeleceu na região. Por cerca de oito séculos, a partir dessa data, a península Ibérica foi habitada por mulçumanos, cristãos e judeus, mais foi governada de acordo com as leis do Islã. 
Aluno: José Astolpho Neto

Ø  OS MULÇUMANOS EM AL-ANDALUS
Os mulçumanos chamavam a península Ibérica de Al-Andalus. A sociedade de Al-Andalus englobava uma diversidade cultural: governantes árabes, guerreiros berberes convertidos ao islamismo, judeus, cristãos e escravos de diversas etnias. Todos esses grupos transmitiram um rico legado cultural às gerações seguintes.


Aluno: José Astolpho Neto

Ø  O LEGADO TÉCNICO E CULTURAL
Nos oito séculos em que permaneceram na península Ibérica, os mulçumanos influenciaram e enriqueceram culturalmente aquela região. As pesquisas científicas e a literatura, por exemplo, foram incentivadas pelos estudiosos árabes.
                A influência da arquitetura islâmica foi marcante nessa época. Mesquitas e palácios foram construídos em várias cidades ibéricas, como a Grande mesquita, em Córdoba, e o palácio de Alhambra, em Granada. Os muçulmanos também influenciaram a agricultura ibérica. Antes de conquistarem a península, os islamitas haviam aprendido com outros povos. Então, ao se estabelecerem na região, transmitiram aos agricultores cristãos seus conhecimentos.

            A cultura ibérica foi influenciada em muitos outros aspectos pelos mulçumanos. Palavras de origem árabe foram incorporadas ao vocabulário espanhol e português e comidas típicas daquele povo passaram a fazer parte do cardápio ibérico.

Resultado de imagem para mesquitas islamicas

Fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQJfJ_jzD56E6ZoUBcM5D6QHowyTFV1jBMlagq8751ABAKu1DdHyA
Aluno: José Astolpho Neto

CENTROS DE CONHECIMENTO PELO MUNDO
No vasto território que conquistaram os mulçumanos fundaram instituições dedicadas ao desenvolvimento de conhecimentos que foram muito importantes e deixaram um rico legado.

Ø CASA DA SABEDORIA
No século IX, na cidade de Bagdá, atual Iraque, os mulçumanos criaram um complexo conhecido como Casa da Sabedoria. Diversas instituições foram desenvolvidas no local ao longo do tempo, como escolas, centros de traduções e bibliotecas.
Ali foram traduzidas para o árabe importantes obras clássicas de Aristóteles e Platão, por exemplo. Além de adquirir esses matérias, o califa cultivava relações com o governo bizantino e enviava emissários em busca das principais obras da Antiguidade


Aluno: José Astolpho Neto

Ø UNIVERSIDADE DE AL-AZHAR
Fundada pelos mulçumanos no século X e vinculada diretamente a uma mesquita, a Universidade de Al-Azhar é uma das mais antigas universidades do mundo. Fica situada na cidade do Cairo, no Egito, e é um dos principais centros de estudos árabes e islâmicos. A instituição também possui uma das maiores bibliotecas da África.
 Resultado de imagem para universidade de al-azhar


Fonte:http://www.washingtoninstitute.org/fikraforum/view/al-azhar-and-the-president-breaking-down-the-relationship
Aluno: José Astolpho Neto

Ø MESQUITAS
A religiosidade islâmica se fez presente em muitos territórios dominados pelos árabes, inclusive no norte da África. Grandiosas mesquitas foram construídas na região e algumas se mantêm até os dias de hoje. É o caso da mesquita de Koutoubia, na cidade de Marrakech, no Marrocos.
Foto: AP
Aluno: José Astolpho Neto

Ø OBSERVATÓRIO DE MARAGHA
No território onde atualmente é o Irã, os árabes desenvolveram importantes astronômicos. Principalmente na cidade de Maragha, onde trabalhavam em um observatório construído no século XIII.
Nasir al-Dir Tusi foi um dos principais expoentes desse centro de estudos. Conhecido por suas críticas ao modelo ptolomaico de movimento dos planetas. 
Eruditos no “observatório” de Maragha, no Irã. Miniatura de Shiraz, 1410
Aluno: José Astolpho Neto

OS ALGARISMOS
Entre os séculos VIII e XIII, a civilização islâmica passou por um período de grande efervescência cultural, obtendo destaque em diversas áreas.
Uma das áreas mais desenvolvidas pelos sábios mulçumanos foi a matemática.
Os algarismos de 0 a 9, por exemplo, amplamente utilizados para representar os números e realizar os cálculos matemáticos.
Quando os mulçumanos entraram em contato com a cultura indiana, eles conheceram esses algarismos e difundiram seu uso pelo Europa, África e Ásia.
Um dos grandes responsáveis pela difusão dos algarismos indo- arábico, foi o matemático e astrônomo árabe Al-Khowarizmi.
Durante o século IX, Al-Khowarizmi escreveu um livro, que mais tarde foi traduzido para outros idiomas, no qual explicava detalhadamente esse sistema de numeração.
O sistema não foi aceito imediatamente em todas as regiões em qual foi introduzido. Foram necessários muitos anos até o sistema indo-arábico ser dotado com maior frequência.
md.0000013976
Aluno: José Astolpho Neto

PRINCÍPIOS DO ISLAMISMO
O islamismo tem princípios que devem ser seguidos por todos os mulçumanos.

Ø OS CINCOS PILARES
O livro sagrado do Islã é o Alcorão, também chamado de Corão. Alem do Alcorão, os mulçumanos dão grande importância ao Hadith, um conjunto de normas e condutas. Essas normas são baseadas em palavras e atitudes exemplares de Maomé que devem ser seguidas pelos muçulmanos.
Um muçulmano deve seguir os Cincos Pilares do Islã, que são os principais deveres dessa região.
    1.Shahadaou testemunha, é a primeira oração que o muçulmano aprende,representa declaração de fé do fiel islamismo.
2.       Salat: são as orações que devem ser feitas por todos os muçulmanos adultos cinco vezes todos os dias. 
 3.       Zakat: contribuição financeira paga pelos fieis para fins de caridade. 
4.       Sawn: é o jejum feito durante o dia no mês do Romadã.
5.    Hajjé a peregrinação à Meca que deve ser feita por todo muçulmano pelo menos uma vez na vida. 
wDNk6b1Yp2L5
Aluno: José Astolpho Neto

A PEREGRINAÇÃO À MECA
Meca é um lugar sagrado para os muçulmanos, pois é onde se localiza a Caaba, um importante símbolo Islã.

Ø A GRANDE MESQUITA
Todos os anos a cidade de Meca recebe fiéis para Hajj, peregrinação que acontece no último mês do calendário muçulmano. Atualmente, cerca de dois milhões de muçulmanos de várias partes do mundo dirigem-se toso dos anos à Grande Mesquita de Meca para cumprir esse dever religioso.
v  Haram Sagrado é o espaço no interior da mesquita que é utilizado para a circulação dos fiéis. Atualmente possui capacidade para receber cerca  de 300 mil peregrinos ao mesmo tempo.
v  A Caaba, palavra que em árabe significa “casa de Deus”, é um edifício cúbico de aproximadamente 15 metros de altura.
v  Kiswa é o tecido preto que cobre a Caaba. Bordada com inscrições em ouro, a Kiswo é feita pela mesma família há gerações e é tocada todo ano no período do Hajj.
v  Tawaf é o percurso feito em volta da Caaba. Depois de entrar na mesquita, o peregrino dirige-se à Pedra Negra, beija-a e então dá sete voltas em sentido anti-horário, recitando orações.



Aluno: José Astolpho Neto

https://www.youtube.com/watch?v=9Tvxebthvaw

Comentários

  1. Parabéns José, prima ta com muito orgulho, meu garoto de ouro, continue assim, sempre dedicado aos estudos. ❤

    ResponderExcluir
  2. Parabéns meu filho pela sua sua dedicação, sei que não foi fácil, mas você conseguiu desenvolver o trabalho muito bem, muito orgulho de você ❤

    ResponderExcluir
  3. Parabens Zequinha! Vc se saiu mt bem! E um aluno dedicado, responsavel e se sobressai e tudo que faz, porque faz com amor. Vc e 1000! Deus te abe çoe sempre.

    ResponderExcluir
  4. Parabéns professora Geovana pelo belo trabalho, os alunos não sabiam nao nem o que era um blog, e com sua orientação conseguiram aprender e nos ensinar um pouco mais da história atrávez do blog.

    ResponderExcluir
  5. Muito bom Zequinha. Excelente!!!!!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A VIDA NA EUROPA MEDIEVAL

A Conização na América portuguesa